sábado, 13 de junho de 2009

CRISE ADIA CASAMENTOS, FILHOS E ATÉ DIVORCIOS


Está comprovado: a crise acaba com o clima. Muitos casais estão a adiar a data do casamento e o momento de terem filhos por causa da crise.

Um estudo divulgado quarta-feira nos EUA pelo FindLaw.com e citado pelo «Huffington Post» mostra que 11% dos americanos inquiridos decidiu adiar a data do enlace e que a mesma percentagem decidiu adiar a hora de ter filhos. Mas o maior impacto está patente no facto de haver também muitos casais que dizem estar a adiar o divórcio por causa da recessão.
Cerca de 4% dos inquiridos decidiram ficar por mais tempo ligados a pessoas com quem não são felizes e em relações que não funcionam, por causa da crise.
«Tínhamos ouvido de advogados que as pessoas estavam a adiar algumas das maiores decisões da sua vida por causa da situação da economia», disse o porta-voz da FindLaw.com, Leonard Lee, ao jornal, acrescentando que na empresa todos ficaram «surpreendidos» por perceberem de que forma a recessão está a afectar a vida das pessoas em tão diferentes aspectos.
O responsável sublinhou a importância e as implicações financeiras que decisões como casar, ter filhos, adoptar e divorciar-se pode ter na vida das pessoas. As implicações de um divórcio, que obriga ao «desligamento» total dos dois cônjuges, implica frequentemente «desfazer» créditos à habitação e hipotecas, o que pode ser complicado na actual conjuntura de mercado.
O estudo revela que esta tendência, de fazer depender as grandes decisões da situação macroeconómica, é mais notória entre os mais jovens e os menos abonados. Cerca de 37% das pessoas com idades entre 18 e 34 anos disseram estar a adiar um casamento, divórcio ou a maternidade/paternidade. 35% das pessoas que estão a adiar decisões têm um rendimento do agregado familiar inferior a 35 mil dólares por ano.
Ainda assim, é de sublinhar que o crescimento destas respostas não muda a tendência predominante: 82% dos inquiridos continuam a dizer que não levam a situação da economia em linha de conta na hora das grandes decisões familiares.

Fonte: IOL

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